Metaverso?
[Dia desses, fui procurar alguma informação sobre Filosofia Virtual, ou, aquela que passa pela análise dessas realidades e/ou possibilidades.]
Segundo consta, metaverso é um universo dentro de outro universo. Escutamos por ali e aqui uns rumores sobre possibilidades de um mundo sob um paradigma "nesse molde". Não seria pouco plausível; quase achamos certeza nisso.
Para fins didáticos, recorremos a imaginar um misto de Matrix, 2001: uma odisséia no espaço (do Kubrick) e ao Admirável mundo novo, do Huxley.
Nos deparamos com uma "aceleração" que parece crescer em escala geométrica, enquanto a capacidade humana, aritmética.
Existem uns filósofos por aí pregando que os avatares (personagens imaginários criados para navegar na virtualidade) podem ser o caminho para instaurar alguma harmonia política e social no mundo. Qualquer furor nessas afirmações me causa, além de qualquer coisa, medo. Essa realidade, num patamar individual, revela um misto de muitos fatores, inclusive algum tipo de "ezquizofrenia subconsciente".
Agora, pensemos isso no nível coletivo, isto é, partindo das autoridades governantes.
Nas afirmações que apontam pra possibilidade de que essa situação venha trazer uma penca de instrumentos de desenvolvimento individual e coletivo revela-se, também, uma espécie de temor remetente a linha tênue que diferencia os potenciais totalitários e etnocêntricos dos democráticos multiculturalistas.
Assim, sigo acreditando cada vez mais que a cibercultura é nosso phármakon (palavra de origem grega, que significa remédio e veneno ao mesmo tempo) inevitável.